Senti que devo escrever com o propósito de alertar as pessoas que, se de fato vivem desgraçadamente é porque, na realidade, são omissas e até desrespeitosas com elas mesmas, sobretudo, com a própria pátria e o planeta onde vivem. Sinto-me, por isso inquieta -Tenho uma sensação de impotência que me incomoda - Como se tivesse inerte, de forma obtusa e que, por isso, não devo portar-me assim de tal maneira. Penso que posso e devo interferir da forma que sei com a capacidade que me foi conferida ou seja, com a palavra - E, assim, pode-la transformar em ações. Penso que, se o mar é feito de gotas, o deserto de grãos e eles transpõem as eras do tempo, modificando a estrutura do mundo, imagine você, o poder na qual carregamos em nós?

Fantasias Nos ébrios momentos do meu cansaço Na lassidão do meu corpo rechaçado Visão eufórica em distorcido sentimento Rasgada alegria num falso curtimento Tudo emerge nos olhos em cores garridas De páginas voltadas há pouco sofridas Das solidões em voluptuoso amarfanhar Desesperanças melífluas no meu sonhar Momentos de plena e doce ilusão Em que tudo se permite na confusão Idílicos e fugidios amores que consolam Enganam, demais, na verdade que violam Mas benditos por ludibriar tal tormento Adormecem e espantam mau sentimento Estático - Aconchego em reluzente copo Fantasias - A realidade está, mas não topo! Hélder Gonçalves Agosto 2016

pensamentos de uma adolescente