Mesmo após dezessete anos, Lively não conseguiu superar a falta feita por sua amada mãe, desistindo de criar laços com as pessoas, deixando sua confiança nas mãos de seu pai, irmão e melhor amigo. Mas a aparição de um garoto ao lado de seu melhor amigo faz a garota questionar a si mesma, felicidade existe ou não, afinal?

Eu vou ser sua amiga, vou te proteger quando os flashes te cegarem, vou te provocar as melhores risadas e os melhores momentos de euforia, vou ser sua cúmplice nos melhores e piores momentos... Até começar a te amar.

" Vícios. Eles fodem a gente mais do que se pode compreender em apenas um relato, quando coloquei os meus olhos em você pela primeira vez, soube que assim como eu, estava perdido em uma rotina maldita de se maltratar todos os dias, porém, diferente de mim, não era a lâmina que recorria e sim a substancias psicoativas, ou seja, a drogas. Com os olhos vermelhos, você se aproximou sem ao menos perceber que isso só faria mal à nós dois, não tínhamos estruturas para saber lidar um com o outro e mesmo assim acabamos por nos envolver. O que mais te assusta? São os cortes em meus braços? É o fato de eu trabalhar vendendo o próprio corpo ? O passado? Ou, muito pior que isso, o futuro? Estamos marcados, dizem que cada um carrega a cruz que merece mas sabemos que conosco as coisas foram um pouco diferentes, o peso veio de uma forma que nenhum de nós estava pronto para suportar. Dói, respirar, dói, você tem convicção disso como ninguém, afinal, possui seus próprios demônios presos dentro de si. Mas por quê, apesar de tudo isso, quando olho para você, ainda sinto um pouco de esperança percorrer cada poro presente em mim? Por quê, quando você sorri, sinto que não acabaremos em uma poça de sangue e que talvez, só talvez...a gente consiga sobreviver? Me chame de tola, ou do que preferir, mas se eu acredito em alguma coisa, essa coisa é em nós. Eu acredito em nós, Justin. E espero, mais do que tudo no Mundo, que você também." - Hope Brown

Dedos longos. Tortos. Costas largas. Alto na medida certa. Forte. Rico. Lindo, lindo e lindo. Encontraram o defeito nesse homem? Pois bem, ele possuía uma aliança.

Hailey não sabia como agir. Sua vida naturalmente calma havia se tornado algo que ela nunca tinha pensado antes. Justin entrou em sua rotina repentinamente, e ela não tinha planejado um alguém - afinal, nos últimos anos, o que havia planejado? O homem subitamente teve um surto de obsessão e possessão sobre a mulher assim que pôs seus olhos nela - aquilo era estranho -, porém ninguém conseguia impedi-lo do que queria e, pensando nessa linha, Justin não havia posto limites em si mesmo quando tratava-se de Hailey. A moça é tão ingênua e tão compreensiva que não percebe o quão mau ele pode ser para os outros e, também, pra ela e, mesmo tendo noção de pouco, ela não se importa - ou se importa demais - ou apenas é muito permissiva pra isso.

Eu tenho dezesseis anos e ele vinte e quatro. Eu nem dei meu primeiro beijo e ele já avançou todos os sinais possíveis. Eu ainda nem terminei o colégio e ele se formou há alguns anos. Eu quero ser livre e ele é sufocante. Eu mal comecei a viver e ele já quer me mostrar o quão frustrante a vida pode ser. Não nos completamos. Exceto por um detalhe. Em matéria de sexo ele sabe o que dizer, possui uma didática impecável. Mas eu ainda tenho muitas coisas pra desvendar e sexo não é tão prioritário pra mim quanto parece ser pra ele. Ele me faz respirar e retira meu ar a ponto de quase me sufocar.