Pretendo postar poesia curtas. Já notei que o pessoal prefere mensagens mais imediatistas. Espero que meus companheiros de jornada poética me acompanhem nesta nova mochila cheia de folhas rabiscadas e amarrotadas.

A vida é como uma grande estrada. Se num determinado momento você deparar com um abismo, apenas: pare, vire-se e retorne tomando um novo rumo. Pois a vida sempre te apresentará opções: de bifurcações ou encruzilhadas, de onde você poderá reiniciar a sua nova jornada. Sem olhar para trás, viva a nova história que se apresentar a sua frente, sem medo ou hesitação!

O ser humano é gerado como uma planta. As sementes são colocadas sob a terra, aí germinam. Neste momento começa o processo da vida... A planta gera frutos que são colhidos, arrancados e suas sementes plantadas. A planta também pode ser arrancada por não ter mais o que apresentar cedendo espaço para as novas. O ser humano, logo que é tocado pela vida, vem ao mundo, retirado das entranhas de sua progenitora. Comprido o ciclo vital... morre! Esse é o segredo da eternidade, garantido pela roda viva do somatório genético, eterno enquanto existirem os frutos que geraram novos seres assim como eu e você, num jardim chamado Utopia.

Quando pensei em me afastar de tudo e de todos, surgistes em minha vida, mansamente, como uma felina, que preparando seu certeiro salto, mirando-me com seus olhos penetrantes, hipnotizando-me tal qual uma serpente, fizeste de mim, uma presa, ferozmente indefeso de ti.

As lágrimas derramadas hoje por mim, representam a experiência, que no amanhã apresentarei, frente a iguais ou parecidas barreiras, que provavelmente encontrarei e as transporei. Choro, sem me envergonhar, ao analisar o amargor existente, na frieza de minhas lágrimas e nas cicatrizes do meu ser... Da vida nada sei, mas das faltas que me ferem hei de saber.

Como vais, homem? Ainda tentando? Não desistas, mas de antemão digo-te: mesmo que uses mãos, pés e ouvidos sob sentidos e inspirações criando máquinas, novas imagens e sons, nunca me imitarás. Pois te criei, te dei luz e sentidos. Fiz as cores não de tinta, mas de sentimento. O som não do barulho, mas do clamor da beleza natural, que pede para ser ouvida. Como vais, homem? Ainda tentando? Tenta, mas peço-te: preserves minhas obras-primas, não silencies a beleza natural, criei-te, mas não destruas a minha imagem que está em ti. Tu és homem. Lembra-te: as máquinas não amam, teus quadros não têm aroma, teus sons não voam, não correm e nem morrem. Tu és homem, eu a natureza. Ama-me como te amo. Ajuda-me que criarás.