Alphonso Hernandez, é capitão do time de hóquei da faculdade e leva uma vida perfeita, regrada à festas, mulheres, sexo e muita mordomia. Mas, ao ser acusado de roubar o próprio time, acaba sendo expulso do hóquei e da república onde vive, pois, ninguém acredita em sua inocência. Sem ter para onde ir e em busca da verdade, ele se mete em uma confusão e acaba tendo que se passar por mulher, ganhando uma nova identidade. Anne sabe muito bem o que é ser rejeitada socialmente. Ao encontrar uma pobre garota sem ter onde passar a noite, ela lhe oferece abrigo, sem fazer ideia de que está hospedando, na verdade, o cara que ela sempre detestou. Ao descobrir que Anne é a única que acredita em sua inocência, Alphonso mantém o disfarce e morando com ela, passa a usar tudo que descobre, para conseguir sua ajuda. A confusão está armada e quando as duas identidades de Alphonso entram em conflito, as mentiras podem ser reveladas e destruir tudo o que ele conquistou, como sua carreira no hóquei e o mais importante, seu relacionamento com Anne.

Era só para ser mais um trabalho. Ela o faria, o deixaria e seguiria a sua vida. Autossuficiente demais, fria demais, sádica demais, Anahí Portilla era incapaz de amar qualquer pessoa que não fosse ela mesma. Acontece que o destino adora pregar peças, e as coisas nunca acontecem exatamente como o planejado. A vida mostra, sem dó, que você não manda em nada. Ela acabou fazendo a única coisa que não podia, se apaixonou. E agora precisa ir embora, precisa esquecer. E ainda que isso custe uma eternidade de sofrimento, ela não pode mais ficar. Uma pena. Justo agora que Herrera, depois de tanto tempo, havia conseguido se abrir para alguém. - Um romance de Roberta Suemi.

Quando as pessoas olham para Anahí e Alfonso enxergam dois amigos, dois cúmplices, duas pessoas que apesar de terem perdido alguém que amavam, tentam seguir em frente. Ela é espontânea, alegre, divertida e brincalhona. Ele é quieto, observador, às vezes parece viver em seu mundo da música, mas quando quer, sabe ser extrovertido. É sempre agradável estar em sua companhia. Ah se as pessoas soubessem! Se elas sequer imaginassem o que se passa dentro desses dois. O vazio e a dor que eles compartilham. A alegria de Anahí não passa de uma fachada para esconder suas dores, seus traumas e feridas. Ela amou incontáveis vezes e de formas incontáveis perdeu todos que amava. Ela finge estar bem para fugir de perguntas e preocupações alheias. Alfonso usa seu modo observador e quieto para esconder o amor que sente por sua amiga. Ele se apaixonou pela namorada do irmão, muito antes dele partir e deixar os dois arrasados. A dor que sua morte causou os aproximou ainda mais, criou um laço forte que se transformou em atração física. Os dois já caíram nos braços um do outro mais vezes do que conseguem se lembrar. Mas ela tem vergonha de ser julgada por buscar consolo nos braços do irmão de seu falecido namorado e também tem medo de se apaixonar e perder de novo. Alfonso a conhece melhor do que ela mesma e sabe que juntos eles podem recomeçar e curar suas feridas. Talvez um dia, Anahí esteja pronta pra se arriscar outra vez. Ou talvez esse dia nunca chegue.

Costumam dizer que, se duas pessoas se amam de verdade, em algum momento da vida elas encontram o caminho de volta uma para outra. Uma verdade absoluta ou apenas citação para causar esperança? Certamente divide opiniões. Porém o que sempre foi certo nessa história foi o sentimento. Intenso, arrebatador, recíproco, machucado e reprimido dentro de dois corações que em algum ponto da vida, decidiram seguir caminhos opostos, em uma ilusão de controle do próprio coração. Anahi e Alfonso se perderam, em anos de mágoas, ressentimentos e culpa. Parecia impossível encontrar de novo os velhos jovens cheios de vida, amor e vontade que foram um dia, que foram juntos. Mas para o amor não existe impossível. Cinco anos depois, em Los Angeles, com suas vidas viradas de cabeça para baixo. Um recomeço. Talvez não fosse tarde demais quando ainda se existe esperança. É isso que acontece Depois do Fim.