Devaneios de uma louca, maluca ou neurótica. Porém, mais normal que qualquer um.

jaz aqui tudo que um dia escrevi e descartei

E assim nós éramos, ao ritmo das luzes Chandelier ©_Cellddy_ 2016; original fanfiction

Você me constrói da mesma forma que constrói blocos de construção, apenas para me derrubar. [Rafael Lange Fanfiction] © 2016, secretmuke.

Aqui vamos andar e voar, vamos às bailas, sob o hino das cigarras. Vamos falar de bons sentimentos e pensamentos, de aprendizagens e arte. Vamos participar, iluminar, dourar as palhas, ver com os olhos do coração e das ilusões; parar, admirar, meditar e reinventar - contemplar o mundo, saborear o mundo. "Levando as melhores figurinhas no bico". Seremos parte da beleza das aves e dos seres, com coloridos e irisâncias variadas, aos reflexos da luz da manhã e da luz das essências da vida. Faremos nossos castelos, nossas casas de saudade, nossos palácios de sonhos, nossas casas de poesia, nosso mundo mais cuidado e mais admirado. Mas vamos fuçar, correr, mergulhar, andar mansinhos, usando penachos de festa e amizade. Escalaremos os montes, entraremos nas grutas, subiremos nas árvores e seremos folhas e flores, a vida em pura manifestação. Vamos ouvir o apito e o rosnar do vento, o canto das águas, a música da vila, o pio das aves, o chamado das estrelas e do coração. Vamos no caminho da fumaça, da lua que se esconde, do cavaleiro que segue na longa estrada, do mapa dos instintos, das trilhas do universo e dos rios da vida. Buscaremos os tesouros: alegrias a potes, saúde a marrotes, a joia que aprisiona a cor e liberta os sentimentos, o saber e o experimentar - a poesia dos novos mundos.

A poesia é a ação que pertence as pessoas que acreditam poder mudar o mundo através da palavra. Mudar para um lugar mais digno, natural, afetivo, harmônico, belo, musical, justo, fraterno, esperançoso, amigo, construtivo... A poesia deve ser a escrita humana Possuir alma, carne, sangue e esqueleto. Ela deve vir e ir ao balanço do vento Fazer e desfazer-se nas curvas do rio Estar no ar, colorindo as primaveras Banhar-se em praia espumosa Ser o mar que beija o horizonte A onda que nina o barco Que balança os sonos e sonhos. Ela deve ser vital quão as florestas aos animais Quão as abelhas ao doce mel. Ela deve faiscar os olhos tristes E sorrir brilhosa à sombra. Deve ser ensinamento antigo e pensamento novo A cadência e a distância A consonoridade das coisas e sentidos. (Do livro "A Fala na Rouquidão" de Marcos Delgado Gontijo)