Em um lugar estranho grafo meus poemas, como uma maquina de escrever te faço linhas esculpidas, tomando cuidado para não me apaixonar novamente mas é impossível pois tu tens tudo que meu primeiro amor tinha... por mais que eu escreva sobre o mar, pássaros, até mesmo sobre meu passado, nunca terá a mesma emoção que grafar seu corpo com palavras, tu me sucumbiu de alegria. Mas isso é tão distante, um amor que nunca será inteiramente meu! Então voa passarinho e faço aqui mais um livro onde todas as poesias nele falará dos meus momentos contigo mesmo que eu esconda isso entre linhas.

A vida se passava pela janela, presos aqui dentro desse hospício, usamos nossas mãos para quebra-la. Sendo assim o vidro reforçado demais nos deixando a arraigar-se. Quem nos pôs aqui foi a própria senhora sociedade Ela diz que somos diferentes. Para ela doentes. Mas nós sabemos. Somos... Letomaniacos. Essa palavra cabe a nosso ser. Que no fundo... Escondemos

Meu coração se alegra inutilmente pois a tempestade lá fora reflete o estado da minha mente, minha pele enrugada por conta da água mostra a quantidade de lágrimas e meus olhos...coitados, cansados! Tempestuoso? Definitivamente a palavra da minha alma.

Sendo eu susceptível, procurando-te por essas ruas mal iluminadas, sozinha! Não tão sozinha, guiada pela lua tendo as estrelas de companhia , sentindo um peso dentro de mim como se carregasse por essas ruas o peso do mundo. Caminho devagar pois uma hora eis eu de chegar ao fim dessa jornada. Em meio essa longa e exaustiva avenida perdi o amor da minha vida, em uma esquina escura ele virou e seguiu seu caminho, já eu me sentei e não soube o que fazer, perdida! caminhei até o fim dessa avenida virei as esquerdas ao oposto de ti. Talvez nos veremos no fim!

Quando fico penalizado grafo um poema, exatidão crio uma história, desigual a minha, até mais desgostosa e funesta só assim consigo observar que não há razões para prantear pois em cada verso há uma condolência tamanha que eu seria incapaz de aceitar...