+18 "Ela é filha do fogo.. Primeiro ela te queima, depois ela te beija, e é assim que você morre amor. É quem carrega o verão nos fios de cabelo, é quem recebeu o beijo do sol, é alma que transborda luz." Já se perdeu algumas vezes no caminho, mas quando esteve perdida foi o momento em que ela mais se achou. Os seus dias já foram bem carregados, mas a sua mente continuou barulhenta lhe lembrando das coisas que ela deixou de sonhar. Stella costumava sorrir com os olhos e olhar com a alma, as suas iris azuis são como hipnose. Ela vai além do seu próprio limite, gosta de desafios. Quando quer algo, faz. Intensidade era uma de suas inúmeras virtudes. Às vezes mal humorada, ou outras vezes inconsequente, cometeu erros como ninguém. E teve que aprender a lidar com eles, os seus demônios interiores. Dona de uma fineza absoluta: na sala, Sartre, na cama, Sutra.

Luke Peterson é a sensação do futebol americano e o sonho de consumo de metade da população feminina do campus. Com um histórico de relações casuais maior do que seu temperamento poderia permitir, Luke tem apenas duas certezas na vida: em sua cabeça não há espaço para distrações e, em seu coração, a prioridade de vencer no campo está acima do que a de se aventurar numa paixão. Isso, pelo menos, até a chegada da estudante Faith Gwyneth. Assim que se encontram, o quarterback entende: Faith não é como as demais. Ele não sabe ao certo o que a torna tão diferente, mas sabe que o sentimento de querer tê-la por perto, a cada hora corrida, faz-se tanto necessário quanto urgente. E, antes de conseguir se entregar a um mar de desilusões amorosas e a um misto de prazeres irrefreáveis, Luke terá que decidir rápido demais se quer continuar em seu caminho para um futuro brilhante ou se deve enfrentar as inesperadas responsabilidades que o destino lhe deu.

Sozinhos em um mundo enorme, era assim que ambos se sentiam. Ela, mãe solteira aos vinte anos, batalhando vinte e quatro horas por um futuro melhor. Ele, traído e desacreditado no amor, cuidando de outras vidas pra esquecer a turbulência da própria. Diga-se de passagem que o destino é bem traiçoeiro, entretanto, não há como negar que ele faz ótimas escolhas. Ali, exatamente naquele hospital com um menininho doente em seus braços foi o meu recomeço.