"Ele estava ali a minha frente, parado me olhando, como se eu fosse sua caça da noite. A mascara em seu rosto não me permitia reconhecer quem era, mas seus olhos... seus olhos traziam a sensação de que ele estava encarando minha alma. Pensando bem, eu não deveria ter inventado de voltar pelo labirinto sem ajuda. Talvez seja por isso que estou em apuros agora, com um desconhecido me encarando enquanto eu tremo de cima a baixo com medo do que pode acontecer. Eles agora começam a soltar os fogos de artificio, iluminando o labirinto. Me dando uma vaga noção das bifurcações pelas quais posso despista-lo. E então, eu começo a correr e virar uma entrada após a outra parando em uma sem saída. - Você pode correr, mas não se esconder, coelhinho. Engulo em seco ao perceber que ele estava no caminho da direita e que provavelmente me ouviria correr caso eu me movesse no momento. - Mas ficar parado e me deixar te pegar não é divertido. Que tal uma vantagem de cinco segundos? Olho para frente e penso em como poderia escapar daquela situação que me meti por uma teimosia idiota. - Vou começar a contar, se quiser uma ajuda, o caminho a sua esquerda tem mais chances de te levar a saída - Ele ri e eu começo a andar devagar. - Ah, e antes que eu me esqueça... Boa sorte Apo, espero que seja um bom corredor. - Respiro fundo e então ele começa a contar e eu, a correr"

{NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES} Ser um escritor renomado na Tailândia era um verdadeiro sonho se tornando realidade. Minha vida não poderia estar mais perfeita, meu casamento seria em duas semanas com a pessoa mais improvável de todas (Minha melhor amiga), quem poderia imaginar que tantos anos de amizades resultaria nisso? Então quando me deparei com o desafio de escrever um romance de época, minha mente ferveu em ideias, e assim que vi uma matéria sobre uma feira de antiguidades na cidade, decidi ir até lá, buscando inspirações. E quando aquela moça misteriosa me abordou, me oferecendo um medalhão estranho, decidi comprar apenas para ajudá-la. Não faria mal algum um colar velho como aquele, não é? Era isso o que eu pensava e eu nunca estive tão errado. E naquela primeira lua cheia do mês eu senti uma necessidade fora do comum de usá-lo e quando o brilho prateado da lua refletiu nele, tudo ao redor se tornou turvo, me deixando zonzo e quando pisquei os olhos eu estava em meio à árvores enormes e próximo de um pequeno lago. Como eu vim parar aqui? Eu me questionava, sem saber que estava longe da minha cidade, da minha noiva, da minha família, e longe do meu próprio mundo...