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Nada começa como deveria. Nada termina como prometem.
O narrador desta história vive num mundo onde o meio não existe, só o peso de um início que já nasce ferido e a sedução inevitável do fim. Entre espinhos, máscaras e pensamentos que sangram, ele tenta atravessar a própria mente enquanto tudo à sua volta desaba.
Perdido dentro de si mesmo, preso em corredores sem saída, ele assiste à vida lhe bater com força, arrancar pedaços, exigir reação. Mas reagir dói. Viver dói. O fim, não, o fim é belo, é viciante, é a única certeza que o conforta. É nele que encontra força, ódio, redenção e a falsa sensação de estar acima de todos que o destruíram.
Esta não é uma história linear.
É uma descida ao interior de alguém que se desconhece, rasga a própria alma, veste máscaras para sobreviver e coleciona cicatrizes como troféus. É o retrato de uma mente que tenta entender o sentido da existência enquanto observa, com frieza, a própria ruína, e a dos outros.
Um romance psicológico sombrio, visceral e poético sobre dor, identidade, fuga e a obsessão por finais.