Nota mental: não falar nada. No instante em que eu abrir minha boca, minha máscara cai. Metaforicamente, é claro. Fato é que se por fora eu estou enganando todo mundo com minha aparência de baladeira profissional, na verdade continuo sendo a mesma Eliza BBBV (boca-balada-e-bebida-virgem, não Big-Brother-Brasil-virgem, pelo amor de Deus. Não que eu já tenha participado do Big Brother. Oh, céus, isso quer dizer que sou BBB-BBBV?). De qualquer forma, este título em breve não me pertencerá mais. Afinal, hoje - dia 4 de setembro -, eu finalmente (ênfase infinita no "finalmente") beijarei o Lucas. Resta torcer que ele não perceba que por baixo de toda a maquiagem, sou só a menina que senta duas fileiras para lá, três cadeiras para frente em sua sala de aula. Mas... ele também está apaixonado por mim, sabia? Acho que nem desconfia disso, mas tudo mudará assim que nossos lábios se tocarem pela primeira vez e sua alma perceber que foi destinada à minha antes mesmo de nosso nascimento.

Enquanto ele me encarava pude notar todos os detalhes de seu lindo rosto que eu queria memorizar. As sobrancelhas grossas na cor de um preto exuberante e incrivelmente bem desenhadas, os cílios volumosos e finos protegendo os olhos verdes amendoados mais lindos que já vi, o nariz perfeito e sem sardas, os lábios bem distribuídos em um rosa natural, o maxilar trincado e másculo. Ele é a encarnação do pecado em pessoa, a perfeição que escapou pelas mãos divinas. Esse é Andrew Grayson. O garoto mais lindo que eu conheço, se é que impedir seu amigo babaca de brincar com a minha cara nos tornam conhecidos. Andrew é o sonho de qualquer garota, estiloso, bonito, charmoso, alto, tem um corpo lindo, e aquele sorriso ... Ele é o meu amor desde que tinha onze anos, mas infelizmente Andrew nunca se deu o trabalho de me olhar por mais de cinco segundos. Pelo menos até hoje. Até agora. A continuação de Grayson já está disponível no meu perfil. Leiam Collins !!

Amor adolescente... quantas vezes uma garota precisa ter o coração partido para aprender que paixão não pode ser unilateral? Quantas vezes precisa se decepcionar para entender que aquele é o cara errado? Uma? Duas? Essa é a história de como, por cinco vezes, ela pensou que acertaria, que finalmente amaria um cara que merecesse esse sentimento. Pensou. Lindo engano.