Machado de Assis
3 stories
Casa Velha ♥ Machado de Assis by amelia_sanchez
amelia_sanchez
  • WpView
    Reads 7,465
  • WpVote
    Votes 183
  • WpPart
    Parts 9
22mil palavras leitura rápida! Casa Velha é um romance de Machado de Assis, publicado em folhetins na revista carioca A Estação, de janeiro de 1885 a fevereiro de 1886. A primeira edição saiu em livro somente em 1943, graças aos esforços da crítica literária Lúcia Miguel Pereira. A edição contou com introdução crítica da estudiosa e ilustrações de Santa Rosa. Embora tenha sido publicado na fase dita realista do autor, supõe-se que Machado de Assis tenha aproveitado material não-publicado de sua fase romântica. A obra permaneceu no esquecimento durante décadas, até ser resgatada por John Gledson, em "Machado de Assis - ficção e história"
Esaú e Jacó ♥ Machado de Assis by amelia_sanchez
amelia_sanchez
  • WpView
    Reads 4,421
  • WpVote
    Votes 116
  • WpPart
    Parts 15
Esaú e Jacó é o penúltimo livro de Machado de Assis, lançado em 1904, quatro anos antes da sua morte, pela Garnier, e, segundo a maioria dos críticos, em pleno apogeu literário, depois de escrever, em 1899, Dom Casmurro, o mais célebre de seus livros. Esaú e Jacó se destaca por consolidar esta suave maestria no domínio da narrativa. Machado despoja-se da excentricidade ocasional num texto que abandona resquícios do picaresco e envereda num realismo que retoma a melancolia e o lirismo que se iniciara na primeira fase de sua produção literária. Destaque são os personagens muito próximos da vida real. A ambiguidade narrativa se instaura com o Conselheiro Aires, personagem e narrador, que no entanto, também é visto a partir de uma terceira pessoa. Ele contracena com Natividade, mãe dos gêmeos Pedro e Paulo, que protagonizam este romance. E Machado chega quase à perfeição formal ao estabelecer esta trama fascinante onde os iguais são opostos e concorrentes. Discordam na política, na vida, sempre em campos opostos, um contra o outro, pois Paulo é republicano e ingressa na faculdade de Direito, enquanto Pedro é monarquista e cursa Medicina, mas chegam a cortejar a mesma mulher que fica indecisa entre ambos. Com tal jogo de opostos, Machado pode retratar um tempo de grande agitação política naqueles finais de século 19, conforme comentava também em crônicas para jornais, não sendo estranho ao livro temas como abolição da escravatura, encilhamento e Estado de sítio, porém o tema melhor abordado e reconhecido é a Proclamação da República. Conforme tem se analisado, Machado de Assis dá um tom metafórico e relativista ao romance; ou seja, a conclusão final, na dúvida se Paulo e Pedro são iguais ou diferentes, está contida o fato de que república e monarquia são mera questão partidária de interesses de grupos políticos que desejam mera troca de poder.
A mão e a Luva ♥ Machado de Assis by amelia_sanchez
amelia_sanchez
  • WpView
    Reads 7,639
  • WpVote
    Votes 330
  • WpPart
    Parts 21
A Mão e a Luva é o segundo romance escrito por Machado de Assis, publicado em 1874, sua primeira experiência como folhetinista de jornal, seguindo o exemplo de seus amigos Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar. Publicado em 20 folhetins, com o subtítulo "Um perfil de mulher", nos rodapés de O Globo, jornal dirigido por Quintino Bocaiúva, entre 26 de setembro e 3 de novembro (não diariamente). Conquanto se trate de uma "história de amor" - de uma mulher de personalidade forte, Guiomar, assediada por três pretendentes a marido - enquadrada na fase "romântica" do autor, em vez dos recursos clássicos do romantismo - enredos rocambolescos, plenos de coincidências, reviravoltas, surpresas, suspenses - Machado, como já ocorrera no romance de estreia, Ressurreição, prefere um texto contido, minimalista em termos de trama, de análise psicológica, mas com uma elegância estilística que continuaria aperfeiçoando até atingir seus píncaros na chamada "fase realista". A história transcorre em Botafogo, então um simples arrabalde (o que hoje chamaríamos de subúrbio) repleto de aprazíveis chácaras. Texto proveniente da Fundação Biblioteca Nacional - fins culturais e educacionais - Domínio Público.