"Pés, não me falhem agora Me levem até a linha de chegada Oh, meu coração, ele se parte a cada passo que dou Mas estou esperando nos portões, eles me dirão que você é meu Andando pelas ruas da cidade É por engano ou vaidade? Me sinto tão sozinho em uma sexta à noite Você pode fazer eu me sentir em casa se eu disser que você é meu?"

"Eu nunca fiz questão de estar aqui Muito menos participar E ainda acho que o meu cotidiano Vai me largar" "Um dia eu vou morrer Um dia eu chego lá E eu sei que o piloto automático Vai me levar" Piloto Automático - Supercombo Eu costumava ouvir essa música, em específico essa parte da música e me identificar com a letra... E eu me identifico, obviamente até hoje. Eu esperava que o piloto automático me levasse até a paz e me tirasse do meio do nada com tons escuros, Eu fui tão ingênuo em querer voltar pra casa, Em querer chamar isso de casa... Paz. INGÊNUO, quero dar destaque nessa palavra que apareceu por alguns segundos em meu consciente enquanto o sangue jorrava, esparramado, percorrendo o meu corpo como cachoeira. Eu fui ingênuo em acreditar em você, pensei que você iria me levar pra casa, quando você me levou ao seu verdadeiro inferno até que o contrário do mito, um lugar quente, se transformou em um lugar frio, como o meu corpo, meu exterior e interior... Eu fui ingênuo, eu seguir você e seus passos, eu te respirei e expelir, Eu era vermelho e você azul, e quando você me tocou nos tornamos um tom de lilás céu que fez eu pensar que você seria capaz de me levar pra casa, Mas você me deixou apodrecer e me enterrou... Eu fui ingênuo em ter deixado que você me matasse.

10 anos narrados por Jennie Salvatore em uma prisão.