Todo o meu corpo dói, mas tenho que continuar, correr, correr e correr, posso ouvi-los atrás de mim não tenho como ganhar eles são mais rápidos, são imortais. Saco minha espada, posso não ter chances de ganhar, mas não morrerei sem lutar e também não serei levada, não vou me curvar a eles. Então eu paro de correr, respiro fundo, tenho 10 segundos antes deles me alcançarem, posso vê-los correndo em minha direção me posiciono são 6 contra um, eu não tenho madeira de freixo, mas posso feri-los para que eu ganhe pelo menos uma vantagem. 5 segundos, relaxo os músculos para que eu possa cortar com mais agilidade, eu preciso chegar até as terras imortais, se eu atravessar a fronteira posso conseguir ajuda...

"𝑷𝒂𝒓𝒄𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔, 𝒔𝒆𝒎𝒆𝒍𝒉𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔, 𝒊𝒈𝒖𝒂𝒊𝒔, 𝒂𝒒𝒖𝒆𝒍𝒆 𝒄𝒐𝒎 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒄𝒐𝒎𝒃𝒊𝒏𝒂 𝒆𝒎 𝒕𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒐𝒔 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐𝒔." As palavras pairavam na minha mente como uma sentença. Os boatos que corriam por Velaris, as piadas envolvendo o seu nome - das quais eu havia rido - vieram à tona. O Grão-Senhor da Corte Primaveril era um tolo que esqueceu como ser um homem. Um traidor que se vendeu para Hybern durante a guerra. E a ruína encarnada de sua própria corte. Tamlin parecia um animal, se comportava e até rosnava como um. Era decepcionante e, ao mesmo tempo, destrutivo. Um fracasso absoluto como Grão-Senhor, um desastre como pessoa. E, certamente, não era digno de ter um laço de parceria comigo. Eu não era um boato em Velaris, nem uma piada repetida entre goles de vinho. Não era alguém que as pessoas mencionavam e riam, ridicularizando seu passado. 𝑬𝒖 𝒏𝒂̃𝒐 𝒆𝒓𝒂 𝒔𝒊𝒎𝒊𝒍𝒂𝒓 𝒂 𝒆𝒍𝒆 𝒆𝒎 𝒏𝒂𝒅𝒂. E minha intenção era ignorar sua existência pela eternidade - deixá-lo apodrecer na solidão que ele mesmo havia cultivado. Mas Rhysand tinha outros planos para mim... - 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒆 𝒂 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒐𝒇𝒆𝒓𝒕𝒂. Tudo o que você precisa fazer é se infiltrar na Corte Primaveril por três meses e convencer Tamlin a organizar o Calanmai. Depois disso, poderá retornar a Velaris e fingir que nada aconteceu. Retornar a Velaris... e fingir que nada aconteceu? Como se isso fosse possível.