Narrativa que recorta um episódio cotidiano de uma prática brutal contra as mulheres. Não é sobre defender essa ou aquela opinião. Mas relatar e expor uma história com a qual todos possam se sensibilizar e ampliar sua visão sobre o que se faz em nome da moral supostamente religiosa.

Um homem controverso e, muitas vezes, averso às expectativas das pessoas a seu respeito, tenta sobreviver em um país à beira do caos. Morando em um lugar onde precisa esconder sua real identidade, para que possa, sobretudo, continuar vivo. Osvaldo há muito abandonou suas crenças mais ardentes. As cinzas de sua fé, antes inabalável, agora pavimentam um novo caminho para onde ele segue voluntariamente, em dias sóbrios.

Esse é um romance de fantasia medieval em que os capítulos, mesmo sob um nome só, estão divididos em começo, continuação e fim. A razão é tornar a leitura mais agradável. Agenor é uma cidade milenar localizada em uma península; e aquém da grande cordilheira. É protegida por uma muralha colossal e prospera há muito após subjulgar seus inimigos. O povo e a realeza agenornense são devotos do Apóstolo Vagante, um deus que livrou os homens do julgo de um grande mal. A devoção, muitas vezes, implica em erradicar práticas pecaminosas, condenando os ereges à morte. Além das cordilheiras há um mundo desconhecido e hostil, no qual ninguém das terras agenornenses ousou pisar. Não só pela dificuldade física imposta pela grande cordilheira, mas também pelo ato herege que representa tal intento.