maloma
Arquelândia sempre foi um reino estranho entre dois mundos.
Não tão feroz quanto a Calormânia, nem tão encantado quanto Nárnia. Era uma terra de colinas douradas, castelos de pedra clara e ventos que carregavam histórias antigas. Os bardos costumavam dizer que Arquelândia nascera cansada, era um reino que aprendia devagar, que hesitava antes de agir, e cujos reis preferiam tratados a espadas.
O atual, Rei Nain, seguia essa tradição com devoção quase sufocante.
No entanto, dentro das paredes do castelo, onde velhas bandeiras balançavam preguiçosas nos salões, algo destoava dessa quietude política: Anya.
A princesa que cresceu correndo pelos campos com os irmãos, que insistia em treinar espada mesmo que o pai achasse "impróprio", que lia mapas como quem lê poesia. Anya, com sua coragem silenciosa e um senso teimoso de justiça herdado da mãe - cuja ausência ainda ecoava nos corredores.
Quando Anya e seus três irmãos descobrem sobre o plano de Miraz, partem em uma missão clandestina para ajudar Caspian, seu amigo de infância. O que Anya não esperava, no entanto, era cruzar caminho com os irmãos Pevensie, e muito menos sentir seu coração vacilar sob o olhar atento de Edmund Pevensie.