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O par Eros-Tânatos - entre os latinos Mors-Amor (A-mor: ausência de Mors) atua na atribuição de sentido ao mundo, tanto em mitos cosmogônicos na função de deuses primordiais,como no desnudamento da ambivalente vontade individual humana que, a um só tempo, é pulsão de vida e, contrariamente, de negação e morte, como propõe Schopenhauer. Nas Metamorfoses de Ovídio, Amor e Morte, poeticamente decupados, trazem à tona esse aspecto dual em que se inscrevem nossas pulsões e vontades. Com esse trabalho, a partir da análise do poema de Ovídio sobre a origem da amoreira, pretendemos expor como a fruição literária, assim como o mito, confirma ao homem sua ambivalente humanidade, para além das normatizações morais e sociais.