Why me

Ao ver sua irmã suicidar-se diante de seus próprios olhos, Charlie passa a culpar-se detestavelmente. Todos os lentos e torturantes dias em que acorda, sente mais que tudo a falta da mesma.
Charlie sabia que naquele dia sua vida inteira passaria por mudanças, e sabia que não seriam mudanças boas.
O vazio a preenchia cada vez mais, e a solidão aprendeu a acolhê-la como uma velha amiga.
A dor já fazia parte de si, e Charlie já fazia parte dela. Já estava acostumada com a vida repleta de solidão, a mesma solidão que se encontrava em um circulo vicioso a sua volta.
Mas em apenas uma noite qualquer, tudo pareceu mudar drasticamente. A dor que sentia, o vazio e a solidão pareceram por um segundo deixá-la em paz.
Uma ponta de esperança lhe surgiu, a esperança necessária para que Charlie fosse capaz de mudar, e talvez esta mesma esperança fosse capaz de fazê-la seguir em frente e abandonar de vez os tormentos passados.