Éramos a guerra, o desastre, a perversão, o êxtase, o início e o fim. Ambos presos em nossos elos e corrompidos por nossas correntes invisíveis. Precisávamos um do outro, e de nada mais.
Ele entrou sem pedir. Tentou bagunçar tudo ao meu redor, mas alcançou minha confusão interna, bagunçou tudo dentro de mim. Não precisei saber sua essência para clamar por um pouco mais, e ao ouvir o clamar do meu corpo ele vinha. No nosso ritmo.
Sem rótulos, sem prefixos, sem hesitar.
Eramos acumulados de obstruções e desejos, queríamos escondê-los, mas como se oculta algo tão explícito e transparente?
Corríamos contra o tempo, era um combate, um conflito, uma contenda do amor, do desejo e do anseio em oposição ao senso, à lealdade e à uma conduta de regras.
Mas para nós, quebrar as regras e burlar as leis era sinônimo de certo, era a garantia de que estávamos no caminho.
Eu estava em queda livre, estava afogando, sufocando, morrendo aos poucos. Olhei em seus olhos, ele enfrentava a mesma batalha que eu, mas quando se há tanta ganância, não é capaz de admitir que as vezes você precisa de alguém para te resgatar.
Eu o salvei.
Ele me salvou.
Perante nossa monotonia, redescobrimos um novo mundo.
''Must mean it's the low season
But there's no reason
To give up, on this
We'll stay high
On the promise that the low season
Soon to go
Meaning we'll be right
Honest we'll be right.''
❛Rainha da pista que conquista quem passa
Quente como o sol e faz sinal de fumaça
Quando vai embora tudo fica sem graça, sem graça
A saia dela diz onde ela quer chegar
Difícil é saber como me aproximar
O que será que ela tem pra dar
Lança um vestido, gata, aquele mesmo que veste irado
Hoje eu te quero deste lado, bebendo um destilado
Whiskey, champagne, energético com vodka
E já que me deu o número, é certo, hoje eu vou discar ❜