Aparentemente, não havia nada de extraordinário na história dos dois. Eram duas pessoas normais, favorecidas pelo capitalismo, e embora não parecesse, ambos tinham muito em comum. O fato de terem o que quisessem era um deles, mas também aquele sentimento novo e assustador que não ousavam denominar, crescido em um terreno infértil, e que nutriam um pelo outro, fazia parte da lista. Entregar o coração para alguém nunca fora fácil, era simplesmente lógica que o caso se agravasse em se tratando de uma pessoa que não lhe dava nenhum motivo para tal confiança. Faith sabia disto. Um enigma só era agradável se tivesse meios de solucioná-lo. Entretanto, talvez esse em particular, fosse melhor não ser resolvido. Quem diria que aquele rosto de anjo escondesse um segredo de demônio? Aliás, qual seria a reação adequada ao se descobrir que seu namorado é um assassino a sangue frio? E, depois de tantas mentiras, como ter certeza de que você não é um de seus alvos?