Para Louis não bastava contrariar toda a ciência mundial e ser taxado como um cientista louco. Não bastava ter deixado toda a família e uma carreira para trás para viver no litoral da Grécia visitando pequenas e perigosas ilhas desabitadas. O destino ainda lhe reservava algo. E diferente do que ele imaginou, não foi em uma ilha deserta que sua maior descoberta foi feita. Foi em uma praia movimentada, no auge das férias de verão, que ele avistou longos cabelos pretos escondidos atrás de uma pedra. E foi nesse exato momento que a palavra mito deixou de fazer sentido e a certeza que sempre carregou consigo veio à tona em um disparo acelerado de seu coração. Um ser de olhos verdes e curiosos o fitava e quando percebeu que havia sido descoberto, afundou na água em um movimento rápido que fez sua calda esplendorosa reluzir na superfície. Uma sereia habitava aquele mar e Louis havia finalmente comprovado todas as suas teorias.