Eu sempre me perguntei o que acontece com um deus quando ele trai o significado da própria existência, quando seu cerne divino se corrompe e distorce de tal forma que nem mesmo as preces de seus devotos adoradores podem dar-lhe poder. É importante lembrar que esta estória deve permanecer aqui, pois se chegar aos ouvidos da deusa a qual ousei narrar, nem mesmo todo o carinho que as musas tem por mim seria suficiente para aplacar a fúria dela. Sim! Se você pensou sobre quem eu irei escrever e sua mente o levou até o antigo Olimpo, você está correto (a). Uma grande deusa olimpiana terá o papel principal no palco que estou prestes a recriar, mas não se enganem pela minha escolha particular de palavras, a veracidade de minha escrita é tão sólida quanto o pergaminho em suas mãos. Eu poderia narrar tudo desde o nascimento da deusa, mas ela é velha demais (eu não escrevi isso) e meu tempo é curto, então iniciarei de um ponto chave nessa estória que pode ser vista como uma provação divina, uma lição de um deus petulante ou simplesmente como uma desculpa para descrever deuses em suas formas naturais e livres. Sem mais delongas, vamos começar... *É uma estória para o concurso do @mitologiabr!