Desespero era o que sentia. Seu corpo era arrastado enquanto se debatia nos braços dos homens de branco que tinham quase o dobro de seu tamanho. O desespero era bombeado de seu coração para todo o corpo. Sua mãe apenas observava, distante. A mulher não se arrependia. Sequer tinha carinho por sua sucessora. Os gritos de fúria arranhavam a garganta da jovem. Ela gritava que não era louca, mas nada que dissesse seria levado em conta. Além de ser tratada como insana, ainda precisava lidar com a culpa. A culpa. Aquela que dominava seus sonhos e a fazia acordar entre gritos, lágrimas e dor. Era inocente e sabia disso. Mas essa era a intenção deles: transformá-la em algo que não era e destruí-la. Começando por dentro.