Eu me chamo Antônio e sou o personagem de um romance que está sendo escrito, vivido. A mão esquerda se levanta como se quisesse alcançar a altura inalcançável do pé-direito para pedir ao garçom mais próximo:
-Um chope, por amor!
É um botequim,sim. Tradicional. Com direito a balcão confuso, contas e mais contas penduradas, balas com validade quase vencida, charutos importados, promoções-relâmpago: pague um, leve dois, lave três, pegue dois, o fiel café de todo santo dia, a demoníaca chopeira a todo vapor, a chapa quente, a bandeja de frios, o cardápio de couro na mesa, o canário em couro na gaiola e centenas de palitos aflitos que esperam seu último destino.
É assim, nesse botequim,
Sem pretensão alguma de ser poesia
Que nasceu a minha poesia.
- Saideira!
Tim-tim!
Um mosaico de minhas poesias
O poeta acredita que uma vez a arte é criada
jamais pode ser apagada de sua natural existência
Mas elas sempre andarão conosco
Podemos não estar mais naquele período de nossas vidas, mas elas sempre estarão conosco
Pois fazem parte de nós.
"Atlântida, A Cidade Perdida" foi o meu primeiro livro completo, ele é composto por 6 fragmentos
- Vício
- Estertor
- Atlântida
- Sóbrio?
- Falsos Profetas
- Anéis de Saturno
Cada um deles faz parte de minha existência
São todos cacos de vidro refletindo a minha imagem
Cada um com sua própria e única identidade.
Estes fragmentos fazem referência há um momento específico em minha vida
Muitas vezes mais fantasiosos
Muitas vezes hiper realistas
É a mágica do dizer, mas não afirmar
Meus maiores segredos
Meus maiores medos
Meu maior amor
A minha maior perca
Todos reunidos em um mosaico de sentimentos
O poeta acredita que uma vez escritos
Estão para sempre eternizados
Com lágrimas de ouro.