A vida secreta de um pacato dono de bar, uma conversa inesperada com um vendedor de doces em um terminal de ônibus, um jovem apaixonada que decide se declarar para a prima e amiga de infância no dia do casamento dela com outro, um menino - que nascido em meio à seca - descobre a magia e a beleza de ver uma chuva de verdade caindo no sertão pela primeira vez... O que todas essas situações ou temas têm em comum? À primeira vista, talvez nada, mas tanto ler quanto escrever exigem que sejamos capazes de ir além da tal primeira vista, em busca da real observação e é dessa observação que nascem as crônicas de "Sapato vermelho". Entre a realidade e a ficção, observações e adaptações, diálogos escutados e conversas imaginadas, personagens reais e imaginários, obras do cotidiano e obras da mente, eu monto essa coletânea de crônicas que conduzem meu dia a dia na mesma proporção em que são conduzidas por ele. Afinal, histórias nascem para ser contadas, seja em uma mente criativa, ou em uma sala com duas pessoas. Para mostrar que de um possível material a uma história para contar, há fantástico no simples e simplicidade no fantástico.
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