Não, a Europa não morreu em Auschwitz, como não morreu no desfiladeiro das Termópilas, como não morreu em Poitiers, como não morreu com a tomada de Roma pelas hordas de bárbaros, em 476 d.c. , nem morreu sob o jugo de Átila nos Campos Catalaúnicos, nem em Waterloo, nem em Austerlitz, nem nos guetos de Varsóvia, nem nos "gulags" das gélidas e longínquas tundras siberianas, nem nas trincheiras infectas das Ardenas, nem nas praias coalhadas de cadáveres da Normandia, e há quem jure até ter avistado, há pouco mais de vinte anos atrás, um fantasma, quiçá a sombra espectral desse velho espírito sanguinário, vagando pelas ruínas fumegantes de Sarajevo e promovendo carnificinas e limpezas étnicas.