Eu era uma criança que sentava no canto na escola, vestia preto e desenhava temáticas mórbidas, para mim, a morte sempre teve um tom poético. Minha vida nunca foi fácil. Aos nove, vi minha mãe cometer suicídio na minha frente. Aos quatorze vi meu pai ser morto pela esposa, aos quinze, assassinei aquela que tirou tudo de mim. A adolescência só aflorou meus sentimentos mais cruéis. Psicólogas, psiquiatras, nada podia retirar de mim a vontade insana de continuar a matar. Usar uma faca era sempre mais prazeroso do que uma arma que com um disparar acabava com toda minha diversão. Meu interno ardia pelo sangue que escorria daqueles corpos. Por anos, estive a solta, assassinando todos aqueles que julgava ''alvos fáceis'', mas sempre com um padrão, mulheres próximos aos quarenta e cinco anos, estatura média, cabelos loiros. Até que em fevereiro de 2009 eu vi uma garota na televisão, cuja história era semelhante a minha, a mãe, suicidou-se na frente dela, enquanto o pai havia morrido a anos. Meu gatilho foi acionado, ninguém no mundo deveria sentir aquela dor que eu havia sentido. A raiva que invadia meu corpo consumia-me. Então a encontrei, seu nome era Sarah, ela tinha entre nove e quatorze anos, não saberia dizer ao certo, eu a levei a meu porão, eu a prendi em minha casa, e eu a mantive lá por anos, eu ensinei a ela tudo o que eu sabia, eu ensinei ela a matar e enganar. Então a jovem me traiu. Depois de todos os corpos que havíamos mutilado juntas, em 2011 o FBI bateu em minha porta, eles me levaram, e ela, como uma vitima ingênua ela escapou, mas não posso culpa-la, afinal, ela teve uma ótima professora.