Qual é o sentido para a vida? Sentados em contemplação silenciosa do fogo, homens arremessam o olhar sobre o mistério. Descobrem a interrogação e, sob a sua sombra perturbante, constroem a humanidade. Agarrados à questão deslizam pela ideia, elaborando o eu e a circunstância, concebendo a civilização. Passados tantos anos, procuramos para a mesma questão a resposta, como não seja possível, respondemos, saltitantes, com perguntas a perguntas, numa ânsia constante de ser... - eis o Homem! E esse homem somos nós, que integrados num espaço e num tempo, procuramos encontrar o nosso sentido... e que melhor guia, neste labiríntico trilho, do que a linguagem artística? Procuramos uma arte universal, em que a humanidade se reconheça em cada jactância de cor, em cada metáfora. Queremos a verdade metafísica do eu para uma intervenção social através da purificação dos valores. Neste plano, propomos, promovendo em linguagem artística universal, enquadrar numa mesma obra, pintura e poesia, como duas formas de expressão, indicando um mesmo caminho. E, porque a humanidade é una, acreditamos na interdisciplinaridade como resposta para as dúvidas que preenchem o universo intelectual de cada um dos elementos da sociedade. Assim, a intervenção que preconizamos assenta, sobretudo, numa atitude dialéctica perante a vida, com o intuito de criar uma reestruturação valorativa num mundo despido da genuinidade conceptual. É, pelo referido, importante, afirmarmos a nossa vontade de lançar uma arte didáctica para que todos participem do sonho. A nossa proposta artística oferece motivos de reflexão sociológica e aproxima o Homem do seu sentido primordial Universo, a primeira obra da colecção, pretende colocar em evidência a unidade transcende que se estabelece entre todas as ciências, artes, acções humanas.
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