" Quando Mariana nasceu, foi mantida afastada de tudo aquilo que se referia à cultura cigana por imposição de seu pai, político com carreira em ascensão, que escondia a origem de sua mulher. Nadja transferira à filha uma pálida imagem de como era ser uma cigana nas ocasiões em que seu marido se afastava em viagens pelo país. Mas, um trágico acidente separara mãe e filha. Mariana possuía o sangue cigano em suas veias. Porém, criada como gadjin jamais seria aceita entre os Roma como cigana de sangue. Mariana também não era uma não-Romi. Se fosse descoberto seu sangue cigano, ela seria igualmente discriminada. . A mãe a fizera jurar que ela se manteria afastada de sua origem cigana para sua própria proteção. Com o tempo, a lembrança daquele passado esgarçou-se e desapareceu de sua mente. Agora, Mariana é uma agente operacional de prestígio numa empresa de Turismo de Eventos localizada na grande São Paulo. Entretanto, Mariana se percebe, contra sua vontade, mais uma vez imersa na magia e cultura herdada da mãe. Até que ponto podemos nos manter afastados de nossas raízes? Qual o limite do livre arbítrio? A Terra é meu lar, O céu é meu teto E liberdade é minha religião. Somos ciganos, os filhos do sol".
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