Fruto de uma brincadeira entre amigos, essa despretensiosa obra se constrói tendo por base um humor anárquico, politicamente incorreto, por vezes negro. Rompendo laços com qualquer tipo de engajamento e com a cultura dita erudita, sem, no entanto, abrir mão da crítica aos valores de nossa sociedade caótica, preconceituosa e alienada, trata-se, em sua essência, de uma sátira ácida às telenovelas e programas de massa.
O fio condutor da narrativa é a história conturbada da cândida, doce, sensual e nervosa Ludmárcia, típica mocinha romântica, e sua irmã desalmada, Lucrécia, que destrói as chances da primeira de ter realizado seu mais caro sonho, o de participar de um reality show, com isso mudando para sempre seus destinos.
Mas isso é só o ponto de partida para uma saga intercontinental, na qual se agrega uma infinidade de personagens folhetinescos típicos: o anti-herói romântico, a boa amiga da mocinha, o chantagista, o sedutor, a "bruxa" má, o policial durão, e tantos outros. Uma história de grandes paixões, ódios, rancores, redenção, mistérios insuspeitos, assassinatos, e muitas reviravoltas, como só o bom e velho folhetim pode nos garantir. E tudo isso descrito com muito humor e ironia.
De resto, uma boa leitura e ótimas risadas para todos vocês, porque, como dizia Chaplin: "Um dia sem rir é um dia desperdiçado."
(CONCLUÍDA)
Livro Um
"Não é que seja proibido... é porque é real"
Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir?
Helena nunca imaginei mudar de país e cair nos braços do cara mais arrogante da cidade. Só que quanto mais ela tenta fugir do que sente, mais ele entra em sua cabeça.
E, então... não tem mais para onde correr.