"Podemos costurar a pele, reparar os danos, diminuir a dor. Mas quando a vida sucumbe, quando nós sucumbimos, não há ciência nem regras fortes e rápidas. Apenas temos que superar." - 5.03, Here Comes the Flood Ser um cirurgião exige muito de você. Faz com que você durma pouco, coma pouco, esteja constantemente correndo para salvar alguma vida. É exaustivo, doloroso, faz com que você se aproxime cada dia mais de uma máquina e se sinta cada vez menos como uma pessoa. Você não tem tempo para se envolver emocionalmente, sequer tem o direito de sentir o luto por uma perda. Vá, corra, existe outra vida precisando ser salva em algum lugar nesse prédio. Mas e a sua? A sua vida? Existe um momento onde você bate a cabeça no travesseiro e deixa de ser um cirurgião. O que é que sobra nesse momento? Quem é você quando não tem ninguém olhando, quando não tem ninguém morrendo? Tá certo, as pessoas precisam de você. As vidas delas estão nas suas mãos, e cabe a você salvá-las. Mas pare um momento: você já parou pra pensar? Você salva vidas diariamente. Mas no fim do dia, quem é que vai salvar a sua? Você disse? Eu te amo. Eu não quero viver sem você. Você mudou a minha vida. Você disse? Faça um plano, tenha um objetivo. Trabalhe para alcançá-los, mas de vez em quando, olhe ao seu redor e aproveite, porque é isso. Tudo pode acabar amanhã.