É o ano de 1774 de Nosso Senhor. D. Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, então capitão-general da Capitania de Mato Grosso há quase um ano e meio, é acordado no meio de uma desenluada noite de abril. O motivo que faz com que o despertem é um viajor desconhecido, envolto em uma obscura capa negra, que diz ter, em sua posse, uma carta escrita por D. Miguel da Anunciação, Bispo de Coimbra e Conde de Arganil. Na carta, o religioso diz que o portador da carta será, para D. Luís, o salvador de sua vida, de seu cargo e dos que estão sob suas ordens - na cidade e na capitania. Isso porque, dentro em breve, conforme lhe foi revelado em sonho, as forças do submundo se ergueriam contra a cidade, em busca de vingança. Cabe agora, ao nobre e ao sombrio mensageiro de D. Miguel, o pagamento dos erros do passado - e a promessa de um futuro melhor.