Psychosis: The Killer

-Mate-o, se puder
-Eu sou um bumerangue -disse olhando para ele, que agora carregava em seu rosto uma expressão confusa, enquanto eu olhava no fundo de seus olhos e girava a adaga entre meus dedos- Quando eu acerto... É para matar -Arremessei a faca em um certo ponto da sala acertando em cheio um inseto que passava despercebido aos olhos de todos ali presentes, com exceção de mim- Mas, como um bumerangue, tudo que vai volta, e você sabe que um dia, quem irá sangrar até a morte, sou eu -Peguei a adaga de vota e me direcionei para a porta
-Não tenha medo, nunca se esqueça, faça o seu medo ter medo de você.

[...]

"Apenas faço o que as vozes na minha cabeça me dizem para fazer"
Desde pequena ouço vozes em minha cabeça, principalmente antes de dormir, quando o silêncio se instala. No começo não me incomodava muito, mas, conforme os anos foram se passando, essas vozes começaram a pedir para eu fazer coisas que eu não queria, eu apenas as ignorava, mas então, isso piorou, e essas malditas vozes começaram a me atormentar cada vez mais
-Você é estúpida, inútil, uma pessoa desnecessária para o mundo, bastarda, nojenta. ande, faça isso logo, você definitivamente é o ser mais estúpido que já conheci, olha só para você, eu posso ver você.

Eu não sei mais por quanto tempo eu posso aguentar, essas vozes mudam continuamente, geram em mim uma gangorra de emoções, que acaba me desestabilizando e fazendo com que eu entre em um processo infinito de ansiedade, que me levam a surtos de loucura ou colapsos nervosos. Preciso escapar dessa prisão, dessa miséria, mas infelizmente, ser mantida aqui não me da esperança de liberdade.

Todos os dias eu repito a mim mesma: Não confie em qualquer voz, somente no silêncio. Apenas observe-as, indiferente e distante, sem se identificar com qualquer uma delas.