Eu sempre ouvi falar sobre amor à primeira vista, mas nunca acreditei. Esse amor que entorpece, alucina todos os seus sentidos deixando você anestesiado. Isso só tem em livros. Talvez uma paixão poderia até existir. Mas amor acho meio impossível. Então pensando por esse lado eu não posso dizer que eu amei. Sim, fui à loucura, agi por impulso. Não tinha nada a perder. Apesar que, nesse quesito estou errada. Tinha sim algo a perder. Mais adolescentes, não pensam nessas coisas. Obtive a experiência mais extraordinária da vida. Escolhi o meu momento, eu quis naquele momento. Gozei, usufrui do mais simples deleite. Constatei que ansiava por mais, muito mais. Agora, estou pagando pela minha anuência. Paixão. Vou colocar a culpa nela vai ser mais plausível. A paixão é impulsiva, inconsequente e deixa desnorteado. Então, talvez ela seja culpada disso tudo. Achei um culpado! Viva! Mas o que senti nunca havia sentido com ninguém. Isso é fato. Porém, também não tenho uma vasta experiência. Concluindo, amei ou melhor me apaixonei por cada momento. Sim, eu quero de novo, de novo e de novo. E me detesto por nutrir esse entusiasmo. O odeio por me fazer sentir assim. Uma merda de mulher, que sonha com seu príncipe encantado. Que causa danos em seu coração, deixando indefeso por seus encantos. Construindo um castelo imponente. Porém ela descobre que o castelo é de areia e o príncipe um sapo nojento e medíocre. É aquela fantasia que construiu não passa de cinzas. A realidade é bem mais dura.