A porta do quarto abriu de forma rápida, e então fui empurrada para dentro por minha mãe que estava desesperada, a porta se fechou atrás de nós com uma batida tão forte que o barulho ecoou pela casa toda, meu pai estava gritando e minha mãe parecia querer me esconder.
A porta do enorme guarda roupa se abriu e senti suas mãos firmes em meus pulsos, me puxando para dentro. Minha mãe estava a minha frente com seus olhos domados por lágrimas, eu não sabia o que estava acontecendo, mas era algo terrivelmente assustador. Ela me entregou uma pequena arma e eu a segurei sem entender, e naquele instante eu comecei a chorar.
- Só saia daqui se eu lhe chamar, se nada disso acontecer, você usa a arma. - ela sussurrou para mim enquanto seu rosto era molhado pelas lágrimas, senti seu beijo em minha testa e logo uma carícia em meu rosto - Eu te amo minha filha.
E então a porta do guarda roupa se fechou, minha mãe não me deixou dizer mais nada, abracei o ursinho que eu sempre carregava comigo, eu me sentia protegida com ele.
Os gritos ecoavam pela casa, me fazendo encolher em um canto do guarda roupa e abraçar ainda mais o ursinho contra meu peito, e então veio um barulho alto e agonizante que me fez tapar os ouvidos de forma rápida, afastei as mãos depois de um tempo sem ouvir gritos, me inclinei para frente podendo ver uma sombra e passos virem até o guarda roupa, larguei meu ursinho de imediato e peguei a arma toda desengonçada por não saber como a usar, minhas mãos estavam trêmulas e meu rosto domado por lágrimas. Eu estava assustada, levantei a arma para atirar em quem estava ali e então a porta se abriu.
"Você está na escola, certo? Deve saber o mínimo de interpretação para entender que isso não é um casamento. É um contrato. Um mero pedaço de papel cujo único objetivo é impedir que você vá para um abrigo. Você assina essa porcaria, e cada um segue com sua vida", estas foram as palavras usadas por Alexander, tentando cumprir o testamento do seu sócio e melhor amigo, que morreu deixando uma sobrinha sem ninguém.
Sofie encarava os olhos azuis daquele homem desejando ter coragem para esbofeteá-lo. No entanto, já estava usando todas as suas forças para segurar o choro. Não podia chorar. Não na frente do homem que, por um ano, seria seu responsável. Em outras palavras, seu marido.
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