Uma alma sem cor, vaga por ruas rumo ao vazio.
A alma triste caminha por onde seus piores demônios se escodem.
A alma solitária busca conforto em meio ao sofrimento, em meio a dor.
A única coisa que a alma obscura conheceu em toda sua existência foi o ódio, o desamor pelo mundo, a completa existência da inexistência.
A alma fria procura o calor em meio a predras de gelo, pois a única salvação que a alma sem cor conheceu em sua pacata existência foi a frieza.
A alma mórbida agora vaga por ruas inexistentes, por becos gélidos, por bares sujos.
Agora a carcaça da alma está sem rumo como sua antes abitante dominante, o corpo oco procura alívio da sua dor, em outra forma de dor, em outro campo de tortura.
A alma solitária contempla a lua, idólatra as estrelas, manda rios de dores para o céu brilhante, pois esse sim, agora mais do que nunca será seu fiel companheiro de todas as dores.
A alma morta só conhece a noite, só se liberta por entre as estrelas e só se manifesta por dentro da lua.
PLÁGIO É CRIME.
(Todos os poemas são de autoria própria).
Capa: Rubirosalie