Não Me Chama de Amor, Tô Sem Paciência
Fernanda Schumacher NUNCA foi flor que se cheire. Nem queria. Preferia ser cacto: linda, resistente, cheia de espinhos e dona de si.
Aos 42 anos, já teve banda punk, já escreveu livro que ninguém entendeu, já se apaixonou por homem casado (e deu um pé na bunda dele com um bilhete escrito em batom), já tentou ser normal por três dias e teve alergia. Hoje, mora sozinha com sua gata chamada Porrada e um vibrador francês chamado Jean-Claude.
Entre um gole de vinho e uma crise existencial, ela grava vídeos pro seu canal Valentices, onde transforma o caos cotidiano em filosofia de banheiro com papel higiênico poético.
Essa fanfic é o diário nada íntimo de uma mulher que já ouviu "você é demais" como crítica e aprendeu a usar isso como aplauso. Cada capítulo é uma trepada errada, uma esperança desfeita, um aprendizado bruto e um recomeço cheio de batom vermelho.
Ela não quer mais o "felizes para sempre". Quer só dormir em paz, com a consciência limpa, o coração ocupado apenas por si mesma - e, quem sabe, uma taça de vinho tinto bem seco.
Porque amar é bom, mas se amar é libertador.
Ela já entendeu que o resto é plot secundário.
