Prólogo
Corrupção. Uma palavra que definia absolutamente o que havia acontecido e o que vinha a ter começado. Um baque forte era o que o povo tinha sofrido. Poucas eram as famílias que sobreviviam perante a guerra, os gritos e a devastação. O fogo consumia tudo o que estava a sua frente, ou você se curvava diante do sofrimento ou o desespero engolia o que tivesse restado de seu corpo.
Ninguém poderia conter as tropas do governo, o pais despencava sobre ruinas e suas florestas se tornavam cinzas lentamente, consumindo toda a beleza que pudera existir um dia. É claro que, todos desejavam o fim a toda aquela dor, mas todos os direitos de um povo haviam sido tirado, todas as leis foram criadas a quem estivesse no controle. Não existia como estar ao nosso favor.
Até que eles chegassem. Tão sorrateiros e invisíveis que ninguém percebera. Marcharam determinados as portas do parlamento colocando tudo a baixo. Indício de que a guerra havia começado. Em muito mais número, força e poder, eles surgiam, patrulharam as cidades e espalharam sua fama. Os senhores das vestes negras e rostos escondidos por máscaras escuras, sem qualquer expressão. O tilintar de suas armas cortavam os ares e marcavam sua música por onde andavam, seu corte era profundo, mas não tanto quanto o ardor pela vingança.
O sangue foi derramado sobre a terra dourada, e o povo pode comemorar a vitória, pois agora estavam sendo guiados por um novo grupo, um novo poder. Uma nova esperança.
A monarquia havia chegado.
Margareth Sullivan, uma empresária espanhola tão fria quanto o mar que tanto ama, vê sua vida meticulosamente organizada virar de cabeça para baixo quando conhece Cleópatra Nunes, e está disposta a fazer o que for preciso para ter a senhorita Nunes, uma tímida brasileira que exala a delicadeza de um campo de girassóis.