Paper Hearts. [HIATUS]

Pela primeira vez eu soube o que é o amor.

Amor romântico, quero dizer. Nunca havia me apaixonado por alguém antes, mas você fez isso em mim. Era você a causa de todas aquelas borboletas no estômago, escola de samba no coração e um furacão em minha mente e, após algum tempo, finalmente percebi isso.

Mas você se foi. Você me deixou aqui, sozinho, com todas essas sensações, e por muito tempo eu te culpei. Culpei por não ter mantido nossa amizade, por não ter continuado assunto quando lhe mandava mensagens tentando recuperar o pouco que restara.

Te culpei quando, na verdade, nós não funcionávamos à distância.

Quando se tratava de nós dois, nunca éramos bons com palavras. Não eram raros os momentos que nos prendíamos em nossa bolha, apenas eu e você, muitas vezes nem mesmo trocando olhares. Era uma comunicação que nem mesmo nós sabíamos explicar.

Era algo nosso, e eu te culpei. Me desculpe por isso.

E eu admito que tentei te tirar da minha mente e de meu coração, mas você entrou sem ser convidado e decidiu que é um bom lar. E, por mais que você esteja longe, você ainda está aqui.

Ou você estava longe.

E, mais uma vez, não sei mais que fazer.

Porque eu nunca sei o que fazer quando se trata de nós dois.

Talvez assim nós sejamos, uma bagunça que se encontra e paralisa no tempo.

Eu era poeira cósmica, mas então você chegou e eu me tornei Sol. Você se foi e achei estar me esvaindo, estar prestes à ser mais uma estrela morta no céu, mas de repente você voltou e eu não sei mais o que sou.