.."Eles se amam. De verdade. Não aquele amor fictício que as pessoas estão juntas de corpo e com os corações distantes. Se amavam de corações colados, abraçados, apertados, esmagados, se esquentando, e se amavam. Amavam no sentido simples da palavra. Mas, seria engraçado se não fosse trágico, que, por mais juntos que os corações se encontrassem, seus corpos estavam longe de ficarem frente a frente. Se você parar pra pensar, existem milhares de casais que estão juntos sem se amar, e outros milhões que se amam e não estão juntos. Ironico não? Cansativo também. O cupido já deve ter tido um coma alcoólico por ter feito merda. O destino já deve ter tentando suicido tantas vezes por não ter conseguido o que queria. O acaso deve ter sido despedido por não ter feito seu trabalho direito. As pessoas? Choram por dentro todos os dias por estarem longe um do outro. É cômico que você é exatamente o que ele quer, e ele é exatamente o que você precisa, mas nenhum dos dois vai dar o braço a torcer, ninguém vai colocar isso como uma equação que precisa ser resolvida, que sim, é preciso encontrar o x da questão. Porque ninguém, simplesmente tem coragem o suficiente para fazê-lo"..
Margareth Sullivan, uma empresária espanhola tão fria quanto o mar que tanto ama, vê sua vida meticulosamente organizada virar de cabeça para baixo quando conhece Cleópatra Nunes, e está disposta a fazer o que for preciso para ter a senhorita Nunes, uma tímida brasileira que exala a delicadeza de um campo de girassóis.