O Mediador - Pacto das almas

Desde o início dos tempos a concepção de bem e mal guia os humanos por através dos séculos e milênios. No mundo existe muita injustiça, dor e caos. Dentre aqueles que querem uma vida pacífica e tranquila, também existem os que preferem a violência. Antigamente os estudos sobre magia, rituais e artes místicas eram bem comuns. Tentativas de trazer um poder superior, que independente de bom ou ruim traria aquele que o invocara tudo que desejasse, mas tudo tem um preço.

A muitos séculos, emboscado por seus perseguidores, um homem acidentalmente deu início a um ritual perigoso. O ritual consistia em permitir a passagem de uma alma através do tempo e dimensões para o plano dos demônios, em específico o território de um demônio furioso e poderoso chamado behemoth. O homem estava vagando por ruínas de uma construção antiga e abandonada, quando deu um passo em falso e caiu em uma passagem discreta até uma ante sala. O homem segue pela passagem e se depara com um pequeno salão forrado com velas apagadas e derretidas sobre as rochas, o chão era desenhado com escrituras e formas geométricas similares a uma pentagrama, havia um pequeno altar com o crânio de um corvo bastante empoeirado e uma adaga atravessando o torso esqueleto do pássaro. O local parecia completamente abandonado e tudo estava praticamente inutilizado, então o homem repara que na parede atrás do altar havia uma pequena escritura, em vermelho vivo como sangue quente e ele a lê em voz alta, "Aperi usque ad transitum" (do latim: "abra-se a passagem").

Tudo em volta do homem sumiu, tudo se tornou escuridão. O homem aparenta aflição e caminha cautelosamente por aquele lugar, mas não encontra nada para se apoiar, parede, tecido, nem mesmo areia no chão, apenas o vazio da escuridão. Uma voz gutural soa por aquele lugar, como se estivesse longe e perto ao mesmo tempo.