Há cinco estágios do luto. Negação. Raiva. Barganha. Depressão e, finalmente, aceitação. São diferentes estágios, mas iguais a todos e não mudam, mesmo que seja luto por si próprio.
Primeiro, negação. A negação de sua perda de identidade. De sua mudança de personalidade. De sua nova e dolosa forma de enxergar o que lhe cerca.
Segundo, raiva. A raiva por ter se deixado perder o que era depois de passar por maus bocados. A raiva que o consome por ter começado a ser injusto consigo mesmo e não poder mais mudar essas estatísticas. A raiva que se é alimentada por todos as outras etapas seguintes.
Terceiro, barganha. A troca de tudo aquilo que antes possuía valor para você por coisas que, apesar de demonstrar tudo o que deveria, se tornam apenas coisas. A transferência de sentimentos bons por aqueles que agora fazem parte si.
Depois, depressão. Que pode ser vivida visivelmente, ou escondida apenas a si mesmo em maneira de se isolar de explicações aos outros. Por perder tudo. Desde a força de vontade, até a última gota de vida vívida que corria em suas veias gastas.
E por último, aceitação. Depois de todas as etapas anteriores cumpridas, nos damos conta de que não há mais nada a fazer do que tentar transformar todo o resto de ruínas em algo útil novamente e, aí, se aceitar da nova forma que nos encontramos, mesmo que essa seja uma de nossas piores formas.
Aceitar nosso proprósito de estar presente num mundo dorido e cruel aos olhos de quem pode ver, aceitar que não só a personalidade importa, mas o que você faz com ela. Aceitar que o que se existe dentro de nós, não é apenas algo sem sentindo ou valor, mas sim algo que pode mudar e ajudar a levantar a vida dos que amamos e dos que nos cercam.
Há cinco estágios do luto. Mas, quando se é por nós mesmos, podemos ver que sobrevivemos. Porque, quando dói tanto que não se consegue respirar, é aí que sobrevivemos e percebemos não há outra coisa a se fazer, se não a a