3 parts Ongoing Diz-se, entre os que ainda se lembram dos dias antigos, que há uma mulher que caminha entre os povos da Terra-média, invisível aos olhos da maioria, mas temida pelos que conhecem os segredos do mundo. Seu nome é Malvina Elizabeth de Ávilan, e há milênios ela carrega sobre os ombros o fardo de uma maldição que não escolheu, imposta pela Rainha das Bruxas, Belial, cuja sombra se perdeu nos confins do tempo.
Sua figura é envolta em trajes negros, tão silenciosa quanto a noite profunda, e seus cabelos, escuros como as raízes das montanhas, caem lisos até os cotovelos, ocultando-lhe parte do rosto pálido e impenetrável. Os olhos, grandes e negros, guardam o peso de eras incontáveis, e nela repousa a memória de impérios que há muito jazem sob as ruínas cobertas de musgo.
Quando o reinado dos Homens se fortaleceu e os Portadores do Anel celebraram a paz em Minas Tirith, foi então que Malvina, cansada do peso da eternidade, buscou conselho com aquele que, entre os sábios, poucos igualavam: Mithrandir.
E assim lhe foi dito que não partisse ainda para as Terras Imortais, pois o mundo, frágil como é, ainda precisava da lâmina e do olhar da última caçadora de bruxas.
Guiada então por um desígnio incerto, ela cruzou as florestas até os domínios do rei élfico, Thranduil, senhor das cavernas de pedra e das copas eternas, cujo coração, diziam, era tão frio quanto os invernos do Norte.
Mas quem poderá prever os desígnios do tempo e dos corações imortais? Assim se inicia uma história que talvez nem os próprios elfos se atrevam a contar, feita de silêncios, de sombras e, quem sabe, de algo que Malvina e Thranduil jamais conheceram - ou nunca ousariam permitir: amor.