GULA

Desde criança, Pedro sempre fora um glutão. E a palavra não era um exagero. Na escola, após devorar o seu lanche, costumava comer escondido o lanche dos colegas. Seus olhos ficavam fascinados por jujubas, balas, algodão-doce e qualquer outra guloseima que fizesse sua cabeça. É claro que, quando era apanhado, levava tremendas surras. Mas ele não ligava, contanto que sua fome fosse saciada. Também adorava sanduíches. Costumava pegar duas fatias de pão e por presunto, queijo, carne, alface, cebola, ketchup, maionese, milho verde, ervilhas e tudo o mais que gostasse. Esse apetite voraz lhe rendeu uma barriga enorme, motivo de muitos apelidos carinhosos dos seus colegas, como “barril” e “orca”.