Ele ainda não acreditava que estava ali. Não acreditava que ela conseguiu convencer a voltar. A voltar pra aquela escola que lhe trazia tantas lembranças. Agora estava ali sentado a frente dos dois, enquanto eles a ouviam tagarelar o quanto estava feliz em voltar a estudar. Para ele esse não era realmente o problema. O problema era cada criança que passava por ali só pra ver e dar um aceno ao menino que sobreviveu duas vezes, que conseguiu derrotar o cabeça de cobra e tudo o mais. E parecia que o trem esse ano estava mais cheio e cada um que passava e acenava o olhando lhe dava uma pontada no estomago. . . Quando viu estava do lado de fora do vagão organizando os pensamentos dolorosos, até que um certo loiro fica a seu lado e tem uma conversa decente, mas não tanto, que não consegue mais reprimir o que sentia e desaba tudo em cima do loiro, que o consola e acabam descobrindo um desejo a muito reprimido.