Um diário puro. Liguei um cano da minha mente até estas páginas, e tudo que penso escorre diretamente pra cá.
Os pensamentos mais sórdidos, pútridos, estúpidos, esdrúxulos, aquilo que você pensa e não pode expressar, tudo aqui, sem meias palavras.
Não é qualquer diário, é um Diário Perdido, porque se o dono achar, ele queima, é puro demais para ser lido por qualquer um, é humano demais para ser tocado por qualquer um; ler este diário é como ler uma mente humana: cheia de defeitos, de contradições, de dores, de antagonismos, de indecisões, de cisões, de hipocrisias, de dúvidas, repleta de serenidades e horrores, de imoralidades e moralidades, de vidas e de mortes.
Mas uma mente una; uma mente abarrotada de sarcasmo, de humor, de pessimismo, de existencialismo, mas também de esperança.