Urzaris são baixos e franzinos, com cabelos ruivos e caudas longas e felpudas. Por não terem seu próprio deus, ao longo de quase toda a história, foram considerados animais, ao invés de seres racionais. Os tagatas, uma ração carnívora e impiedosa, criavam os urzaris em fazendas que ocupavam países inteiros. Tal prática abominável perdurou até que os cínios, sob o comando do herói Issurt Kalaheri, e as Nações Au-turianas se uniram para libertar os urzaris.
Oitenta e nove anos se passaram desde a Libertação. Os urzaris que receberam su-porte dos super avançados auturinianos se tornaram nações prósperas e modernas; já os que cínios se tornaram países pobres, cheios de desigualdades.
Na periferia de Esfa, capital de Argianto, um desses países atrasados, Jano vive com a mãe, Kara, e as irmãs, Adalia e Nesma, em um casebre insalubre. Sua condição de vida, que era péssima, se torna ainda pior quando uma epidemia de faza se alastra pela cidade, causando a morte de centenas de urzaris e deixando sua mãe, o único sustento da família, doente. Para salvá-la, Jano se terá que tomar decisões difíceis, que não afetará somente ele, mas também sua família. E, quem sabe, o mundo todo.