Tudo começou quando eu vi a empregada que morreu faz dois anos na cozinha da minha casa. Eu era uma criança, pensei que fosse um sonho. Mas não era. Depois desse incidente, comecei a ver as "pessoas que morreram" em diferentes lugares. Eu também percebi que eles eram amigáveis, eu era uma criança que não tinha muitos amigos, então eu comecei a conversar com aquelas pessoas. Me chamavam de "diferente". Os "amigos" que eu tinha se afastaram de mim por eu conversar "sozinha". Mas eu não estava sozinha! Será que eles não enxergavam aquelas pessoas ali? Sim, eles não enxergavam. A única criança que na época não se afastou de mim foi um garoto de cabelo rosa. Eu nem lembro mais o nome dele. Mas nós brincávamos todos os dias, sempre que podíamos. Mas, para meu pai, ele não era uma boa influência. Mas mesmo assim eu continuava a me encontrar com o garoto com a ajuda da minha mãe. Depois que me mudei, nunca mais vi ele. Meus pais começaram a achar estranho meu comportamento, eu conversava sozinha todas as noites. Chegaram a cogitar a ideia de me colocar em um hospício. Quando, casualmente, encontraram um velhinho anão quase careca. Ele veio em minha casa, sentou no meu sofá e conversou com meus pais, oque eles conversaram? Eu não sei. Sei que meus pais me deram "uma segunda chance" e irão me colocar num colégio interno em Magnolia. Fairy Tail, o nome, acho. Me deixaram longe do meu melhor amigo. O único que eu tinha, na verdade. Ele era meu refúgio quando me chamavam de louca. Eu ainda tenho uma coisa dele, e ele uma coisa minha, são pulseirinhas que eu fiz antes do nos separarmos. Vou usá-la sempre, foi uma promessa. Por mais que nunca mais irei vê-lo.
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