A primeira vez que Mark Lee o vira, te juro, o menino sentiu-se amedrontado no primeiro segundo. Um jovem de cabelos negros empurrava a cadeira de rodas em que o Park ponderava por natureza. Os olhos do garoto eram negros como a noite, mas, por um segundo, brilharam como a lua. O pirulito vermelho na boca combinava com a cor marcante na ponta do seu nariz e as pálpebras inchadas. Mark Lee não quis fugir quando o vira, mas sentiu uma agonia profunda ao vê-lo sorrir. Era frustrante estar completando dezoito anos de idade e estar comemorando num hospício, comendo um bolinho gelado enquanto sendo observado por meia dúzia de olhos mórbidos, mais do que frios e quase desumanos. Mas também, foi ideia sua ser voluntário daquele lugar, também foi ideia sua tentar a psicologia e desistir de contabilidade. Então, se por acaso Mark Lee demonstrasse infelicidade ou incômodo - e, principalmente, arrependimento -, teria de culpar a si mesmo pela tolice, e não aquele rapaz esquisito de cabelo loiro e band-aids no pulso. "Bem-vindo à sala do pânico Onde todos os seus medos mais sombrios vão Vir até você, vir até você" {Início: 25/25/2018 - Inspirada na música Panic Room de Au/ra (recomendo <3) e alguns detalhes da série Legion - capa por @hyunflvwer - história por @ThelastPendragon}