No fundo da minha mente se esconde um ser, um desejo monstruoso, que em poucos segundos, faz tudo virar nada. Mas ninguém nem ao menos, conseguia entender o porque das coisas serem como são. Um dia ele sentou-se, no meio do horizonte, iluminado pela luz da lua e chorou, chorou, porque as coisas eram tão lindas e ficavam tão distante. E seu desejo? Seu desejo insano, seu desejo quase impossível como um arado, foi se apagando pela Terra criando e formando raízes em vários trópicos, despertando o desejo de liberdade, aqui e lá. Um dia me vi em todos os lugares e em nenhum ao mesmo tempo. Mas onde quer que estivesse, não podia deixar de ouvir uma canção: "Somos perfeitos vegetais da Terra, seremos um dia a vida do céu." Tive paixões, e entre cada uma delas, a solidão se formava crescendo em meu peito. Eu afirmei que era muito fácil cumprir as juras do dia fatal, mas, em que espelho ficou perdida a minha face? Faço o que tenho vontade e não me sinto culpada. Quando cresci e cheguei a ser mulher, desisti das fantasias de criança. Hoje olho para o espelho e reconheço como sou conhecida, mas também tenho sentimentos obscuramente apagados, e muitos sonhos e por eles eu me sinto "sempre-viva". E então eu me pergunto porque é tão importante estar viva? Acho que ninguém pode viver por mim. Preciso saber para onde vai todo meu esforço. e qual meu supremo objetivo na vida. Sem distinção, sem hora marcada, sem adiantamentos, sem medo de sofrer, eu quero aprender a viver. Cometi o vício cínico de quem fala em virtude, mas serei absolvida dos meus pecados capitais. E a minha raiva morrerá a míngua. Solitária. Finalmente a minha alma será mais suave, me deixando descansar em paz. E no descanso, terei sete mil anos, para me transformar em serpente, virar semente e voltar ao princípio, para a Terra que me alimenta, onde tudo era o pólen que ficou escondido até hoje noAll Rights Reserved
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