Um Sono de Ruínas

Era uma vez Aurora, que acredita não ter nada de Adormecida, embora seja Bela.

Era uma vez o mundo e sua maldade constante.

Era uma vez um assassinato misterioso.

Então, o "Era uma vez" perdeu todo o sentido.

Aurora é de longe uma princesa, ela vive sim rodeada de todo o luxo possível, assim como terá todo um reino para assumir quando adulta - no caso uma grande rede de supermercados -, mas isso não significa que ela é fã de etiqueta, não significa também que ela espera ansiosa por um beijo de amor verdadeiro, até porque ela não está dormindo como a Bela Adormecida, ou está?

O assassinato dos pais de Aurora leva a menina a começar a enxergar o mundo de outra forma, nem mesmo os seus tios que assumiram sua guarda ou seus dois melhores amigos vão conseguir conter o impulso da menina que achará provas para encontrar quem matou seus pais. O príncipe de Aurora também não é fã de contos de fada, até porque de alguma forma ele não existe, ela não sabe distinguir seu jeito de ser, ela não sabe se ele está longe ou perto, assim como ela também não sabe quem são seus inimigos de verdade.

Uma princesa que odeia princesas.

Príncipes idiotas.

Uma bruxa totalmente discreta.

Uma roca de fiar disfarçada de DNA.

O amor verdadeiro se distancia totalmente de um simples beijo de amor verdadeiro.

Seja bem vindo ao Conto de Realismo: Um Sono de Ruínas